Só mesmo um tolo poderia acreditar que o goleiro Bruno cometeria tal
desatino, apenas para se livrar do pagamento de uma pensão ao seu filho
presumido. Penso que não foi esta causa,tanto é que a criança foi poupada.As ameaças
da moça assassinada eram, com toda a certeza , a bandalheira que envolve o futebol,como de resto,tudo neste triste país.O recuo da Sra. Presidente do
Flamengo foi sintomático.O advogado do goleiro , cuja característica não é
pautar-se pela ética, na certa ameaçou a presidente - recua na sua decisão, se não o Bruno vai botar a boca no mundo. E o que é que o Bruno sabe? Entre
tantas tramóias que giram em torno do futebol, ele pode ter sido instruído a
acertar determinados resultados, ter assinado recibos acima do valor recebido para lavar dinheiro, etc.etc. Nem mesmo o Zico, cuja conduta como jogador e cidadão é exemplar, não pode negar que tenha presenciado coisas vergonhosas. Refiro-me ao brasileirão de 1982, quando o Flamengo se sagrou campeão contra um Guarani debilitado por três inexplicáveis atuações desastrosas: a de Wendel, Jaime e Zezé Gomes. Eu estava no Maracanã, bem atrás do gol do Wendel. Percebi, claramente, que no chute do Peu, o Wendel teve a preocupação de com o joelho, devolver a bola para o atacante do Flamengo. Wendel foi vendido e nunca mais teve chance na Seleção Brasileira, ele que era o segundo goleiro. Zezé Gomes, igualmente, perdeu sua posição na seleção, e o Jaime foi "devolvido ao Flamengo".Talvez o Zico não soubesse de nada,mas foi estranho ele chutar do meio do campo e o Wendel aceitar. Ora o Zico não costumava chutar de longa distância .Todos ser lembram do episódio Ruy Rei no campeonato do Corinthians.Não se estranhe a licença da presidente do Flamengo e o recuo na rescisão do contrato.Pode haver dificuldades em solucionar o caso Bruno,mas as falcatruas do futebol estão bem claras.
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