sexta-feira, 16 de julho de 2010

O Festival Paulo Moura – atendendo a pedidos -

Infelizmente, no nosso país, a educação e a cultura são analisadas na praxe capitalista do lucro imediato. A profissionalização é objetivo único do conhecimento. Marcuse se antecipou a esta praga,quando, no século passado, nos alertou que o capitalismo fundiria o ideal do prazer do conhecimento, com a recompensa material do mesmo, ou seja, a evolução Hegel-Marx se tornaria anacrônica. O sincronismo era o caminho natural. Um homem sem prazer cognitivo tem ótima vida curta e evolui para a obesidade, para o consumo sensorial ou para a dependência química. Nem se deve falar em consumo sexual, já que o contacto físico é uma fonte muito pequena de prazer, sendo,antes de tudo, uma tentativa vã de preencher um permanente vazio. Apesar de todas as imperfeições humanas , tenho uma vida pública sem maiores máculas.Apesar de ter exercido dois mandatos públicos(deputado e prefeito)torrei o meu patrimônio pessoal e me mantive acima de doadores de campanha e empreiteiras.Por trilhar o bom caminho, sob a proteção divina, o mal me persegue. O mal existe. Se Deus é inteligente , Ele deve estar perto de nós.O diabo nos persegue , a cada momento. Existe um Diabo, nos punindo por não fazer o seu jogo sujo .Disse alto e bom som para o Diabo - você não vai descarregar funcionários na Prefeitura. Eu não sou qualquer Zé Mané. Aliás já falei isto em juízo, na frente do capeta.O Diabo me odeia.Eu o desprezo, nas raras vezes que dele me lembro.O Diabo ão foi um adversário cruel do festival. Os mentecaptos jamais poderiam imaginar que o maior financiador do festival fosse o próprio Paulo Moura. Nenhum convidado cobrou um só tostão como pleito de respeito e tributo ao grande Paulo Moura. Ora nós trouxemos, além do Paulo, a Orquestra Sinfônica Brasileira, a Orquestra de Genéve,Pablo Ziegler, Kliff Kolman,Baden Powell,Oscar Castro Neves,Leila Pinheiro,Leni Andrade,Luis Melodia,Djavan,Oswaldinho do Acordeon,Zizi Possi,Wagner Tiso e vários outros.Trouxemos também a Fanfarra de Pereira Barreto, campeã do concurso estadual. Foram cinco momentos apoteóticos:o desafio entre Castro Neves e Zizi Possi(a Zizi mostrou o seu recurso vocal ,apesar do Oscar ter feito de tudo para pega-la em todos os tons e todos os ritmos), o segundo foi a determinação do Baden Powell que tocou tres horas a fio, depois o nosso coral com a orquestra de Genéve, sob a batuta do Paulo Buchala,fez o Wagner Tiso me ponderar-eu estou como mais um expectador, este menino(o Paulo Buchala)é um craque.O Grand Finale foi o Paulo Moura regendo a fanfarra, como o menino riopretense, que nunca deixou de ser.Gastei 400mil com passagens e hotelaria. Uma empresária ofereceu as passagens, sem lucro, além de bancar as recepções em sua casa.Seria difamada pelo Diabo .A outra grande ajuda foi do Laboratório Roche,da Suiça, pela admiração de que o Paulo Moura era merecedor em todo o mundo.Fiz um segundo festival em 1999, ajudado pelas Lojas Americanas.Em 2000, a lei de responsabilidade fiscal me impediu .Aí veio o novo prefeito e.......Foi assim , a lâmpada apagou., Rio Preto escureceu...E, no entanto é preciso cantar,mais que nunca é preciso cantar,pra alegrar a cidade.Adeus Paulo Moura, a sua benção pela alegria de ter tido você entre nós.
Deste modo, espero ter atendido a tantos questionamentos do tipo “ porque não houve mais Festival Paulo Moura”. Faltou apoio de certos segmentos de nossa sociedade.

Nenhum comentário: